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domingo, maio 23, 2010

Fidelidade



Deus em cada página, em cada verso, em cada letra da sua palavra nos mostra sua fidelidade. Histórias, momentos de tensão se transformando em alívio; momentos de guerra se transformando em momentos de paz.

Em Mateus, capitulo 7 -13, Jesus em sua imensa graça e paciência nos mostra em sua palavra, duas opções de escolha. Ele estava falando sobre as 2 estradas, os 2 caminhos. " Entrai pela porta estreita ( larga é a porta, e espaçoso, o caminho que leva a perdição, e sã muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado o caminho que nos conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela".

Esta palavra diz tudo sobre nós como igreja hoje. Parece simples esse versículo, parece até jargão de escola dominical, mas retrata um estilo de vida de muitos de nós. Quantos de nós preferimos a porta larga, aquilo que é mais espaçoso. Queremos o que é visivel, o que dá prazer, o que nos acomoda, o que nos leva pra mais perto de nós mesmos. Queremos o que é mais fácil. Vivemos num aconchegante lar evangélico, enganando até a pessoa do espelho a nossa frente. Queremos o que é mais folgado, conveniente, rápido. Preferimos um caminho onde tudo é descartável, luxuoso, orgulhoso, onde as coisas tomam o lugar das pessoas, onde a moral não existe, onde o amor não transforma, onde a palavra não vivifica.

Ao longo da história, Deus, o próprio Deus nos mostra sua fidelidade. Mas e a nossa fidelidade? Onde está a nossa fidelidade para com Deus?

Se você ler o capitulo 5 de Josué, você vai perceber um mandado de Deus. A palavra de Deus diz que naquele tempo...tempo em que o povo de Israel tinham provado o amor e a bondade de Deus. Constantes lutas, provações, tempos de promessas, vitórias sobre numerosos inimigos, de comer do maná, de ver o mar se abrindo, do Jordão de secando, de Deus conduzindo seu povo a terra prometida...foi nesse tempo, que Deus manda Josué circuncidar de novo os filhos de Israel antes da batalha em Jericó. Os que haviam saído do Egito tinham sido circuncidados, mas morreram pelo caminho durante a longa jornada e os que haviam nascido no meio do caminho ainda o haviam sido. Antes de entrar em Gilgal, que significa "terra de descanso", era necessário sacrificio novamente. Deus estava chamando o povo para rever suas alianças, reafirmar e repensar seus atos de fidelidade para com Ele.

Para que desfrutemos do descanso de Deus em sua essência, é preciso sacrifício. Podemos até desfrutar da plenitude do poder de Deus, mas para desfrutar do lugar de descanso do Pai é necessario sacrificio. Por isso Deus nos mostra a opção da porta estreita. O caminho que Deus nos propõe é difícil, é percebido por poucos olhos. Se não procurarmos atentamente, podemos até passar por perto, mas não vamos percebê-la. Assim como no deserto, as marcas da fidelidade de Deus podem ir sendo enterradas pela areia durante o caminho.

O caminho da vida é apertado, é marcado por lutas diárias, é um caminho que nos tira sangue, que marca nossa pele. Nós continuaremos usufruindo da fidelidade de Deus , porque Ele nunca irá nos abandonar, mas se queremos provar de um cristianismo verdadeiro, é preciso sangue, é preciso morte.

A cada luta que passo em minha casa, seja ela qual for, olho para o lado e vejo a fidelidade de Deus. Se olho para trás e analiso minha vida como um todo, vejo a mão fiel de Deus me conduzindo por um caminho bom. E essas lutas me fazem lembrar sempre, que sou eu que preciso, hoje, renovar meu compromisso pessoal com Ele, meus votos e minha aliança de fidelidade.

Jesus marcou a pele e derramou seu sangue em nosso favor...agora é nossa vez de derramarmos sangue e marcarmos nossa pele em amor a ELE.

Jesus com vergonha de ser chamado de Jesus


Estive pensando um pouco no número de pessoas na Espanha que se chamam Jesus, e o tanto que eles lá ignoram o fato da origem desse nome ser tão popular. Existem muitos Jesus, mas poucos conhecem Jesus..., dá pra entender?
Aí encontrei mais essa preciosidade no blog do Pablo Massolar, o Ovelha Magra, e gostaria de reproduzir este post aqui, já que traduz bastante dos meus pensamentos a respeito dos Jesus.
Não deixe de visitar o Ovelha Magra, ok?

Já faz algum tempo que o nome de Jesus já não é mais o mesmo. Pois é, aliás, infelizmente, desde Constantino que o nome "Jesus" vem perdendo significado e respeito. Antes de você me chamar de herege ou desrespeitoso, saiba que eu não falo do Nome que é sobre todo nome, o qual, um dia, toda língua confessará como Senhor, o Nome proclamado com poder e autoridade pelos apóstolos do Novo Testamento, diante do qual os poderes malignos tremem e se dissipam até hoje. Não falo do Nome anunciado como libertação por mudos e ouvido por surdos, não se trata do Nome Eterno do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e que independe da conjunção correta das vogais e consoantes.
Que fique bem claro! Não estou falando do Nome que transcende o nome histórico ou cultural de "Jesus". O Nome do Verbo de Deus é irretocável, não há como ser mal interpretado, distorcido ou distanciado do Nome do Deus Conosco, Príncipe da Paz, Maravilhoso, Deus Forte e Conselheiro visto que este Nome faz efeito é no coração dos que crêem e não em suas cordas vocais.
Entretanto, é preciso entender que existe Jesus e "Jesuses"... o primeiro é Senhor de todas as coisas, até mesmo das nossas vontades, levou sobre si as nossas dores, enfermidades e pecados. O castigo que nos trás a Paz foi posto sobre Ele, apesar dele mesmo não ter cometido nenhum mal ou pecado... este orou por seus inimigos e os abençoou, ensinou o perdão e o amor incondicional. Se ofereceu como fiador e resgatador das nossas dívidas de sangue, mesmo sendo, nós, ainda pecadores e maus, sem merecimento algum. O Jesus, Senhor, ensinou a dar de graça o que recebemos de graça. E por graça, misericórdia e bondade Dele nos salvou quando expôs os principados e as potestades ao vexame de serem subjugados e vencidos por Ele, em Sua morte inocente na cruz.
Mas existem os "Jesuses" proclamados e "evangelizados" mundo afora que, não obstante seus nomes serem escritos e pronunciados com as mesmas letras que compõem o nome histórico de Jesus, nada tem a ver com o Nome de Jesus, Senhor dos senhores.
O Jesus que pede oferta para abençoar, curar, prosperar ou livrar do "devorador" não é o mesmo Jesus anunciado pelo nosso irmão e apóstolo Pedro, na entrada do templo, ao paralítico que, de um salto, se pôs em pé pelo poder do Nome do Senhor.
Há quem insista em fazer de Jesus um deus pedinte, mesquinho e barganhador, um deus nada misericordioso, que ama somente na medida em que é amado e servido por aqueles "da fé" ou da "visão", que despreza os que não sabem pronunciar seu nome corretamente ou não se desgastam em sacrifícios intermináveis de campanhas, atos proféticos e propósitos puramente humanos.
Sim! O Jesus Senhor, tem vergonha de ser confundido com o Jesus das multidões, das massas de manobra, do mercado do Jesus Gospel, da moda e das fábricas de "levitas" e "ungidos" que proclamam com os pulmões cheios de emoção o nome do Jesus Show e o Jesus Curandeiro ou Exorcista, que fazem o que fazem não para anunciar a chegada do Reino de Deus, mas para lucrar e construir o seu reino particular de mansões nada celestiais.
O próprio Senhor nos preveniu dos "Jesuses" que viriam em seu nome: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade." (Mateus 7.22-23)
O Jesus simples do Evangelho, não pode ser confundido com o Jesus que ensina a obtenção egoísta dos bens de consumo, da ostentação e acúmulo de tesouros onde a traça e a ferrugem destroem, dos templos de mármore e ouro construídos na areia das vaidades de alguns dos modernos "apóstolos", "missionários", "sacerdotes" e "pastores".
O Jesus, Palavra da Vida, não é dobrado pelos decretos do homem, não é convencido pelo muito falar, não é "profetizável" de acordo com a vontade do homem, mesmo que este seja um "homem de Deus", mas o Jesus Senhor é galardoador de todos os que o buscam com gratidão e consciência da boa notícia de que já está tudo pago e que é tudo de graça agora, para qualquer um.
Não é difícil diferenciar o Jesus, Pão da Vida, do Jesus que vive do pão, do dinheiro depositado no altar não com gratidão, mas como bolsa de valores. O Jesus da Verdade ensina que a vontade soberana é sempre de Deus e não dos caprichos humanos. O Jesus Vivo não é o Jesus da religião, do templo ou do proselitismo institucional, político e eleitoral, mas sim o Jesus que tem as chaves da morte e do inferno, que tem as Palavras de Vida Eterna.
Não digo estas coisas afim de ofender ninguém, pelo contrário! Minha oração é para que aqueles que falam em nome deste Jesus poste-ídolo, arrependam-se e creiam no Evangelho genuinamente enquanto há tempo, pois "Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." (2 Pedro 2.1-3)
O Jesus, Verdadeiro Deus, não é o Jesus Mitra ou Maytreia, não é o Jesus restrito ao Cristianismo somente, não é o Jesus Acusador ou Exterminador dos infiéis. O Jesus, Consolador, é o caminho de volta para Deus sem preço, sem mistério, sem magia, sem véus, em qualquer tempo ou lugar, até mesmo onde não se conhece o nome Jesus, mas se confessa na vida o Nome sobre todo o nome do Jesus Senhor.
O Deus que tem o Nome sobre todo o nome te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


Pablo Massolar

sábado, maio 15, 2010

Malafaia se desliga da CGADB

O Pastor da Assembleia de Deus, Silas Malafaia, no último dia 03 de Abril em parceria com o Pastor da Teologia da Prosperidade, o norte americano Mike Murdock lançou em seu programa um novo desafio chamado: Clube de 1 milhão de Almas, com o objetivo de evangelizar, mantendo os programas de televisão e realizando cruzadas e congressos.

Para fazer parte do clube, é preciso plantar uma ‘semente’ voluntária de R$ 1.000,00 e como agradecimento quem ceifar receberá o livro 1001 Chaves de Sabedoria, de Mike Murdock e também um certificado do clube como descrito no hot site da campanha, que inclusive possui um contador de almas conquistadas.

Mas este projeto não está sendo visto com bons olhos pela maioria dos líderes da Assembleia de Deus.

O Pr. Carlos Roberto Silva, vice-presidente executivo da Convenção dos Ministros da Assembleia de Deus do Estado de São Paulo e membro do Conselho de Doutrina da CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, condena a ‘Campanha da Semente de R$ 1.000,00’ do Pr. Silas Malafaia e do Pr. norte americano Mike Murdock lançada em seu programa de TV.

‘Isso é no mínimo lamentável, vergonhoso e desonroso para a nossa denominação. O Pr. Silas Malafaia é hoje um ícone, talvez o único dessa estirpe em mídia nacional, pertencente à nossa querida Assembleia de Deus. A função por ele exercida no mais alto fórum da denominação assembleiana, bem como sua projeção midiática, faz com que ele seja copiado e seguido por muitos em suas peripécias doutrinárias. A carroça está descendo ladeira abaixo, em alta velocidade, sem freio e o pior de tudo: na banguela! Que Deus tenha misericórdia de nós!’ disse o Pr. Carlos Roberto.

Já o Pr. Guedes, auxiliar da Igreja Evangélica Assembleia de Deus e Professor de Teologia da FAESP - Faculdade Evangélica de São Paulo, relata as implicações que a igreja sofre com campanhas como esta.

‘Primeiro, as pessoas passam a acreditar que com a "semente" lançada, estarão isentas de pregarem o evangelho, porque já fizeram a sua parte. Ou seja, repassaram essa responsabilidade ao evangelista da TV; Segundo, caem na mais nova falácia: semente e não oferta (ou semente como oferta). Ora, todos sabemos que a oferta é voluntária e não se espera retorno por doá-la, mas a semente tem em si a linguagem da colheita do fruto, logo, quem oferta não espera receber de Deus e nem O cobra, mas quem lança sementes terá, segundo essa teologia, o direito de cobrar de Deus os desdobramentos de seu plantio; Terceiro, muitos cristãos incautos que nunca contribuíram com suas igrejas locais, vêem-se "constrangidos", "movidos" a contribuírem com o ministério do "homem de Deus", visto que ele é o homem que Deus levantou para essa tarefa', e completou: ‘esse tipo de teologia envenena nossa sã doutrina, causando danos em nossos posicionamentos doutrinários e teológicos. É elitista, discriminatória e põe Deus em uma tremenda "saia justa", pois somente quem tem R$ 1.000,00 é que pode ser abençoado'.

Fonte: Ogalileo

post copiado do blog do Pr. Marcio de Souza

Comentário do Pr. Márcio de Souza
Até a tolerante CGADB cansou das peripécias de Malafaia e sua turma. Colocar preço nas almas foi um pouco demais. Além disso, essa campanha do clube de 1 milhão de almas é absurdamente anti evangelística, já que eu posso cumprir meu pape na grande comissão apenas colaborando com dinheiro (comprando uma alma). Já estava na hora né. Agora quanto a saída do Malafaia da CGADB, é aquele negócio né, não pode contrariar o dono da bola, senão acaba o racha. Agora, "Ninguém segura mais o império da prosperidade, só Deus, e Ele há de deter!"  

segunda-feira, maio 03, 2010

Recuperação...





Nesses ultimos dias, mais precisamente neste último mês, tenho percebido algumas coisas em relação a minha vida que me deixam um pouco preocupado. Manias, tiques nervosos, pecados mal tratados, um homem que sabe o que é capaz pra disfarçar as coisas ruins, tudo isso me tem feito pensar, e muito....

Faz 40 dias aproximadamente que me mudei, juntamente com minha esposa, para Fazenda Rio Grande, cidade satélite de Curitiba, para trabalhar em uma ONG Cristã cujo foco é desenvolvimento comunitário. Estamos bem no começo de tudo. Não conhecemos quase nada da comunidade. Nesse mês já me deparei com algumas histórias, situações que não vemos rotineiramente em outro lugar que não seja na favela.

Crianças sem realmente ter o que comer, adolescentes de 12 anos armados até o pescoço sendo líderes de pequenas "gangs", adolescentes que cometeram algum delito, seja lá qual for: mataram, roubaram, bateram em seus pais, tudo que vier na tua cabeça agora...tem de tudo um pouco. Todo dia é uma nova história, e cada vez mais triste é a situação.

Cheguei a pensar em um breve momento que eu poderia ser o salvador da patria nesse lugar, que meus esforços seriam compensados com uma multidão de convertidos, com uma comunidade toalmente transformada....não que isso não poderá acontecer, e com certeza essa é nossa maior oração...que Fazenda Rio Grande seja totalmente redimida e transformada pela presença de Deus. Mas o ponto onde eu quero chegar é que mesmo não sendo eu um ladrão, um assaltante dos mais bárbaros, um pedófilo insano, um traficante de nome...mesmonão sendo nada disso, não são somente eles que precisam de recuperação. Não são somente eles que precisam de cuidado e transformação. EU PRECISO DISSO!!!

A cada nascer do sol eu preciso entrar no meu processo de recuperação.

Assim como nas drogas ou algo do tipo, existem alguns fatores essenciais para que essa recuperação aconteça. Primeiro, eu preciso mudar meus pensamentos. Não posso continuar pensando que conseguirei reinar e dominar sobre a podridão da minha mente, que conseguirei apenas pensar em algo bom durante todo o dia. Preciso a cada instante estar ligado com a palavra de Deus...somente ela conseguirá anular meus pensamentos e trocar tudo que minha mente arquivou.

Em segundo lugar, preciso mudar meus habitos. A pessoa que usa drogas e quer se recuperar de maneira nenhuma poderá continuar fazendo o que ela quiser. Assim como ela, também não posso continuar querendo fazer as coisas do meu jeito. Preciso radicalmente mudar, passar longe daquilo que me faz mal e que me faz pecar.

O que quero entender e tentar de uma maneira bem simples escrever aqui é que sempre estarei num processo de recuperação. Acho que isso tem tudo a ver com arrependimento, tem a ver com cruz.

Os nossos problemas as vezes se resumem muito por estar longe e talvez por não entender o grande significado da cruz. Se entendo o sacrifico de Jesus, entendo que preciso me posicionar diante do mundo, daquilo que me cerca.

Acredito que posso acrescentar muito na vida da minha comunidade em fazenda Rio Grande, mas também acredito que estar aqui também faz parte desse processo intenso de RECUPERAÇÃO que viverei passando.