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sábado, janeiro 30, 2010

Transformando realidades, da raiz!


Estive pensando nas nossas inúmeras tentativas de nos corrigir. Vez ou outra pegamos nosso pecado pelo pescoço com toda sinceridade e resolvemos acabar com ele de uma vez por todas.
Algumas vezes também fazemos isso pra mudar realidades..., de nossas igrejas-instituições, de nossas instituições-bases missionárias, de comunidades carentes, bairros, etc...
Pegamos os pecados e queremos arrebentá-los!! Que saiam de nós..., e rápido!
Muitas vezes usamos os métodos corretos de confessar, algumas vezes até publicamente, e deixar de lado. Fazemos do verdadeiro sentido de arrependimento algo real em nós. Nos quebrantamos..., vamos falar com as pessoas certas...
Mas, vez ou outra também voltamos a cometer os mesmos pecados e não vemos nenhuma mudança real, permanente e a longo prazo. Nossas comunidades continuam a mesma. Não há desenvolvimento social em nossos bairros, em nossas cidades. Nossas instituições continuam enfrentando permanentemente as mesmas situações.
Você já se perguntou porque??
Não quero ser simplista e encerrar a discussão aqui, mas queria dizer um pouco do que vejo acontecer. Se você discordar ou quiser acrescentar o formulário de comentários está aí, sem moderação de comentários..., fiquem a vontade!
Quero, antes de tudo, deixar um texto pra lermos juntos:
"...porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal... Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas... Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável para praticarem o que não deviam. Tornaram-se ..."
Você pode ler isso em Romanos, no capítulo 2, de maneira mais completa.
Veja só quantas vezes está escrito "ele os entregou"!! E vê lá os motivos pra isso...
Por isso creio que, apesar de estarmos muitas vezes tomando atitudes corretas, estamos tratando determinadas situações apenas pelos frutos ou por aquilo que é mais visível. 
Pense numa árvore frutífera. Ela tem raíz, tronco, galhos e frutos. Se virmos que os frutos são ruins e retirarmos eles, o que acontece logo depois?? Os mesmos frutos crescem novamente. Ainda que a atitude de tirar os frutos seja boa e correta naquele momento, muitas vezes o que temos que fazer é mudar a natureza desse fruto e não simplesmente arrancá-lo.
Arrancar os frutos por si só não faz mudar realidades pois, no devido tempo, o mesmo fruto vai crescer. A raiz da árvore é nossa mentalidade, e é lá que devemos chegar.
Você nunca teve a impressão de, mesmo tratando de um pecado, ter algo além daquilo. Algo mais profundo?
Pois é, é a nossa mentalidade, nossas crenças. Elas é que determinam nossas atitudes, os frutos que damos.
E, se queremos mudar uma realidade de uma vez por todas, devemos tratar do assunto na raiz. Se os frutos não tem sido bons, temos que arrancar a àrvore e plantar uma outra, alicerçada numa boa semente, que vai dar uma boa raiz, gerando bons frutos!
E isso tem a ver conosco mesmo, com nossas instituições que fazemos parte, com nossa comunidade, em nosso trabalho, etc...
A verdade é que, como diz no texto, temos que entender que por conhecer a Deus e não dar a devida glória pra Ele, Ele nos entregou a..., por não dar graças a Ele, Ele nos entregou a..., por trocarmos a verdade de Deus pela mentira, Ele nos entregou a..., por adorarmos e servirmos a coisas criadas ao invés do Criador, Ele nos entregou a..., por desprezarmos o conhecimento de Deus, Ele nos entregou a...
Veja bem que por não tratarmos de certos assuntos na raiz do problema, ficamos entregues a cometer novamente todo tipo de atitudes reprováveis e contrárias a natureza de Deus. Se continuarmos tratando somente dos pecados, das más atitudes, dos frutos, não estaremos alcançando êxito permanente pois nossa mentalidade ainda não mudou!
Já ouviu aquela frase: "Tiram o pobre da favela mas não tiram a favela do pobre?". Pois é mais ou menos assim com o pecado: queremos tirar o pecado do pecador, mas não o pecador do pecado.
Se tratarmos desses pecados voltando a reconhecer a glória de Deus, dando-lhe graças, não trocando mais verdades por mentiras, o adorando e servindo no lugar de adorar e servir à pessoas, imagens ou instituições,
o conhecendo e dando valor à esse conhecimento, é certo que conseguiremos transformar realidades de uma vez por todas, a longo prazo.
É claro que o processo é constante e demorado, porém, mais do que nunca se faz necessário.
Por isso, façamos o exercício de olhar pra nossa realidade e as que existem ao nosso redor de maneira mais reflexiva e crítica, tentando identificar as raízes dos problemas e buscando soluções pra transformação através da renovação da nossa mentalidade, não mais dando aspirina pra cura dos nossos "tumores cancerígenos"...
Participe dessa reflexão..., comente e complemente!!

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Mais que um mero poema


Ahh se entendessemos o que realmente é ser igreja..
Ahh se o amor fosse algo vivo dentro de nós...
Ahh se nosso edredon quente fosse de todos que sentem frio...
Ahh se nossa comida fosse de todos que batessem em nossa porta...
Ahh se nós ficássemos tristes com tantas tragédias...
Ahh se essas tragédias trouxessem pra fora nossa compaixão perdida em algum lugar...

Ahh se não matássemos nosso próximo com nossas palavras...
Ahh se deixasse de viver pra que outros pudessem viver...

Ahh se eu confiasse de verdade neste tal evangelho...

Ahh se minha mente fosse renovada por Cristo e não por mim mesmo...

Ahh se não quisesse ser melhor do que o outro...
Ahh se nós desejássemos ser diferentes ...
Ahh seCristo reinasse em nosso coração...

Ahh se nossa vida com Deus não fosse um mero poema...
Ahh se deixássemos Deus ser realmente Deus em nossa vida...

Seria diferente???



Mais que um mero poema Rosa de Saron

Parece estranho
Sinto o mundo girando ao contrário
Foi o amor que fugiu da sua casa
E tudo se perdeu no tempo

É triste e real
Eu vejo gente se enfrentando
Por um prato de comida
Água é saliva
Êxtase é alívio, traz o fim dos dias
E enquanto muitos dormem, outros se contorcem
É o frio que segue o rumo e com ele a sua sorte

Você não viu?
Quantas vezes já te alertaram
Que a Terra vai sair de cartaz
E com ela todos que atuaram?
E nada muda, é sempre tão igual
A vida segue a sina

Mães enterram filhos, filhos perdem amigos
Amigos matam primos
Jogam os corpos nas margens dos rios contaminados
Por gigantes barcos
Aquilo no retrato é sangue ou óleo negro?

Aqui jaz um coração que bateu na sua porta às 7 da manhã
Querendo sua atenção, pedindo a esmola de um simples amanhã
Faça uma criança, plante uma semente
Escreva um livro e que ele ensine algo de bom
A vida é mais que um belo poema
Ela é real

É pão e circo, veja
A cada dose destilada, um acidente que alcooliza o ambiente
Estraga qualquer face limpa
De balada em balada vale tudo
E as meninas
Das barrigas tiram os filhos, calam seus meninos
Selam seus destinos
São apenas mais duas histórias destruídas
Há tantas cores vivas caçando outras peles
Movimentando a grife

A moda agora é o humilhado engraxando seu sapato
Em qualquer caso é apenas mais um chato

Aqui jaz um coração que bateu na sua porta às 7 da manhã
Querendo sua atenção, pedindo a esmola de um simples amanhã
Faça uma criança, plante uma semente
Escreva um livro e que ele ensine algo de bom
A vida é mais que um belo poema
Ela é real

E ainda que a velha mania de sair pela tangente
Saia pela culatra
O que se faz aqui, ainda se paga aqui
Deus deu mais que ar, coração e lar
Deu livre arbítrio
E o que você faz?
E o que você faz?

Aqui jaz um coração

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Troquemos o jugo urgente!!!

Ontem um casal de amigos estava em casa. Fritamos peixe, assamos frango. Assistimos ao jogo da tarde. As mulheres resolveram comer novamente. Precisávamos de mussarela. Íamos fazer tapioca. No caminho até a padaria para cumprir nosso objetivo, fomos conversando sobre algumas coisas. Posso dizer que talvez conversamos todos os dias. Futebol, palhaçadas, nossas viagens, missões; mas ontem um assunto apareceu sobre um livro que lemos. Disse pra ele que queria escrever no blog sobre isso. Vou postar aqui uma passagem do livro que explica bem o que queremos dizer.

Livro: Repintando a igreja - uma visão contemporânea
Autor: Rob Bell


" Rabinos antigos entendiam que a Bíblia é aberta e tem de ser interpretada. Eles entendiam que a função deles na comunidade era estudar e meditar, discutir e orar, e depois tomar decisões. Os rabinos eram como intérpretes, auxiliam o povo a entender o que Deus está lhes dizendo com o texto e o que significa viver de acordo com esse texto. Tome por exemplo o mandamento do sábado em Êxodo. Um rabino dividiria as ações essencialmente em duas categorias: atividades que o rabino permitia no sábado e atividades que o rabino proibia no sábado.

Ele era movido pelo desejo de chegar o mais próximo possível o que Deus pretendeu originalmente dizer no mandamento. Um rabino poderia dizer que alguém tinha permissão para andar uma certa distância no sábado, mas se caminhasse além disso, seria trabalho e, consequentemente, violação do sábado. Outro rabino poderia permitir que se caminhasse uma distãncia maior, mas proibir a prática de determinadas ações e outro rabino permiti-las.


Rabinos diferentes tinham conjuntos de regras diferentes, que na verdade eram listas diferentes do que eles proibiam e do que permitiam. Um conjunto de regras e listas de um rabino, que eram na verdade a interpretação dele de como pôr em prática a Torá, chamava-se jugo do rabino. Quando se seguia um rabino, aceitáva-se o seu jugo.


Houve até mesmo um rabino que disse que seu jugo era suave.

A intenção dos rabinos com seus respectivos jugos não era, portanto, apenas interpretar a mensagem corretamente - era pôr essa mensagem em pratica. No ambiente judaico, o objetivo era sempre a ação.


Observe o que Jesus diz em suas primeiras passagens: " Não pensem que eu vim abolir a Torá; não vim abolir, mas cumprir." Em essência ele dizia: " Eu não vim eliminar as palavras de Deus, mas para mostrar ao povo como é viver a Torá perfeitamente, até nos mínimos pontos e sinais da escrita."
Os rabinos tinham termos técnicos para esse processo infindável de proibir e permitir e fazer interpretações. Eles o chamavam de " ligar e desligar". "Ligar" alguma coisa era proibi-la. "Desligar" algo era permiti-lo. "


Vamos agora viajar para dentro de nós...como "pessoas pensantes."

Muitas vezes ouvi pastores, missionários, crentes de igrejas, dando sermões usando algum versículo da Bíblia que olhei e pensei: " Não pode ser isso não....alguma coisa tá errada!!!!"

Esse versículo mesmo, que fala sobre ligar e desligar. Quantas interpretações já vimos sobre esse trecho? Você mesmo pode ter se lembrado de algum momento em que usou este versículo.
Oramos assim: " se tá ligado na terra, tá ligado no céu." Queremos muito algo, estamos passando por dificuldades financeiras...e por isso adoramos ouvir alguém dizer isso pra nós. Nos conforta, traz esperança. Parece que como um passe de mágica, tudo começará a dar certo. Mas será que é isso mesmo que o versículo está querendo nos dizer!!!

Quando Jesus fala sobre ligar e desligar, Ele está dando-nos a autoridade de fazermos novas interpretações sobre as escrituras. Ele não apenas estava lhes dando autoridade, mas também estava dizendo que, quando eles debatessem, discutissem, orassem e lutassem e tomassem decisões acerca da Bíblia, de alguma forma, nos céus, Deus estaria envolvido. Nos deu autoridade de orar, discutir e tomar decisões a respeito de como tornaríamos prática a palavra de Deus.

Jugo - olhamos para essa palavra na Bíblia e lembramos do que? Boi? Peso? Dominio? Com certeza sim...a igreja tem ligado e desligado coisas, tem feito suas regras e leis para que cristãos sirvam suas instituições, não fujam dos parâmetros do que seus líderes querem. Esse é o jugo em que o mundo cristão brasileiro vive; um jugo de escravidão, de morte, de ganho e não de perda, de vitória ao invés de cruz.

Quando Jesus propõe que troquemos nosso jugo com o Dele, não tem nada a ver com tirar certo peso das minhas costas, ou mesmo trocar minha dificuldade com a tal facilidade de Jesus. Ele está nos propondo a troca de nossas crenças erradas pela crença em seu jugo. Jesus está nos mostrando através da Bíblia uma maneira de interpretarmos e colocarmos em pratica todos os ensinamentos de Deus. Trocar o jugo é segui-lo constantemente, acreditar e praticar suas verdades.

Precisamos avaliar o que está sendo falado em nossas igrejas, parar de engolir todo o ensinamento estragado e corrompido. Acredito que tudo o que a igreja cristã está passando é por causa de certos jugos, interpretações totalmente tortas da palavra de Deus, usando essa mesma palavra para fins lucrativos, para tornar o homem mais poderoso que o próprio Deus. A igreja tem ligado e desligado coisas, mas com certeza não é movida pelo desejo de chegar o mais perto possível do que Deus quer dizer.

Precisamos ler o livro mais precioso que temos - a Bíblia. Precisamos discutir, orar, tomar decisões.

Trocar o jugo do homem pelo jugo de Deus.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Razão versus Emoção



Estive pensando nos sentimentos, emoções. Nos nossos, nos que vemos em outros..., naqueles provocados, nos que provocamos!
Como diria Roberto Carlos (o cantor, não o do Coríntia!!): são tantas emoções!!
No péssimo evangelho que tem sido pregado por aí também são tantas emoções!!
Tenho percebido que sem emoções já não se faz um culto. Sem os sentimentos aflorados já não há mais pregações, músicas, orações, relacionamentos, curas..., tudo é feito com a receita dos sentimentos e emoções expostos com muito choro, riso, grunhido, chu, chê, chi, caras de piedade ou contorcidas, etc...
E a razão?? Aquela do tal culto racional?? Aafff..., tá longe hein!! Afinal, a letra mata! Pelo menos é o que dizem por aí.
O importante é o espírito mover ou o mover do espírito, seja lá o que isso queira dizer!!
Por exemplo, quando vemos algo como o que aconteceu no Haiti o que fazemos? Sentimos. Dó, pena, nojo, medo, angústia, tristeza, pavor..., tudo vira emoção: choro, ansiedade, revira o estômago!!
Aí, daqui a pouco a mídia inventa outra notícia grande que, como uma âncora, puxa todo nossos sentimentos e emoções pra outro lado. Logo esquecemos o pobre e coitado Haiti.
Enquanto sentimos, fazemos um esforço pra, ao menos, orar um pouquinho sobre eles. Afinal, minha oração é puro sentimento, choro, falo umas línguas estranhas (estranhas até pra Deus!), derramos lágrimas com gritos, unção do riso vem, etc e tal...
Algo além??? Nada!!

O sentimentalismo que toma conta dos evangélicos gospel não traduz o que é o verdadeiro evangelho. As emoções não transformam realidades!! Na verdade elas são só um alerta de que algo de diferente está acontecendo. Veja bem, não sou contra os sentimentos e as emoções, nem mesmo contra expressá-los, porém temos que saber qual é o seu lugar. Aquele famoso "equilíbrio" de que muitos falam.
Os sentimentos e emoções tem que provocar uma reação. Eles não podem ser a reação em si. Eles só nos param, não nos colocam em movimento. Mas não sabemos disso, afinal, o importante é sentir o mover!
Sentiu aí?? Ui..., arrepiou!! Hehehehehehe...
O Haiti continua lá, desolado, destruído, faminto, sedento, triste, caído e precisando do principal: AMOR! Expressões prática do amor e não o sentimento do amor! Sentir todo mundo sente..., mas os sentimentos de amor não reconstruíram nem tem ajudado a reconstruir Angola depois de anos de guerra civil! Tampouco estão ajudando a reconstruir e reformular a vida social e espiritual dos que sofreram com os tsunamis, 11 de setembro, guerra no Iraque, etc...
Outro exemplo do malefício da exaltação do sentimento/emoções em detrimento da prática é o que acontece conosco, missionários. Se eu coloco em minha carta informativa que estou precisando levantar dinheiro pra passear no cinema pelo menos uma vez por mês com minha esposa..., ai de mim!!! Mas se coloco que desejo influenciar o mundo artístico, do cinema e das tele-novelas e por isso preciso me atualizar, isso sim, mexe com as emoções..., afinal, que lindo, o casal doando sua vida pra impactar pessoas! Eles merecem minha oferta!!
Se digo que vou pra Espanha passar 3 meses servindo um casal que lá conhecemos não mexe tanto quanto eu colocar fotos de menininhos pelados e sujos, com ranho no nariz e ramela nos olhos, num bairro pobre e destruído do norte do continente africano. Ah se meus projetos fossem todos pra Índia, África e China!!!

Pouco importa se no sul da Espanha tem menos cristãos do que na África..., eles são ricos, não precisam de Deus..., afinal não mexe com meus sentimentos, África sim, mexe! Pouco importa se a África é o continente mais evangelizado do mundo, ou se na China temos a igreja evangélica que mais cresce no mundo..., lá tem os menininhos sujinhos, pobrinhos, barrigudinhos, de chinelo de dedo ou pé no chão que eu vi numas fotos e vídeos de missões..., ah se soubessem que são as mesmas fotos que todos colocam, que raramente falam da realidade dos trabalhos que vão enfrentar de verdade...
Aí, alguns de nós tem se vendido por uns trocados mendigados! Ao invés de falar a verdade em seus informativos missionários só colocam fotos de momentos de choro e oração, com as mãos levantadas ou abraçados com alguma criancinha com cara de pobre na frete de uma casinha humilde ou creche. Quando, na verdade, isso fez parte de apenas um ou dois dias no mês. Mas, enfim, não dá pra escrevermos que precisamos de uma graninha pra comprar um presente para meu filho no Natal, coisa natural pra todos as crianças nessa época. Ou então que preciso de um dinheirinho pra uma viagem de 3 dias de folga pra curtir minha esposa. Não..., isso não mexe com as emoções!! Depois, quando algum missionário escrever pedindo dinheiro pra ir no psiquiatra porque tem sofrido transtornos de tanto trabalhar sem momento algum de folga, isso vai mexer com as emoções..., ou quando escrever pedindo ajuda de algum psicólogo e advogado pra realizar os trâmites (é assim que escreve?) do divórcio porque não teve tempo de qualidade com a esposa devido a falta de tempo e dinheiro, talvez isso mexa com os sentimentos!
Não, ainda não estamos passando por nada disso..., é um mero exemplo..., aliás, estamos muito bem, obrigado!
O problema é que não gostamos de usar a cabeça, a razão. E assim, não transformamos realidades! A realidade dos Haiti's da vida continuam a mesma. A realidade do cenário de missões pouco muda! A realidade nas nossas igrejas, pior, tem mudado pra mal!
Mas nós sentimos muito por isso! Ficamos tristes. Choramos e oramos no mover do espírito! Algo mais? Não!
Que possamos voltar a razão, essa é minha oração. Que saibamos colocar os sentimentos e as emoções no devido lugar delas, mas que a reação à elas seja a prática de algo que possa transformar tais situações. Que nós mesmo possamos nos transformar, não pelos sentimentos, mas pela renovação da nossa mente..., creio que assim poderemos transformar realidades e dizer que somos, de fato, cristãos comprometidos com o evangelho!
Que possamos sentir menos, nos emocionar menos, não porque isso faz mal, mas porque já o fizemos demais. E que possamos sair do estado de letargia causado pelas emoções para um estado de mover prático e altruísta, impactando sociedades através do AMOR de Deus, promovendo seu Reino por onde pudermos passar. Que mudemos a cara dos Haitis, Angolas, favelas brasileiras, igrejas-instituições, comunidades carentes, políticas nacionais, sistemas de saúde, através da atuação prática, gerada, talvez pelos sentimentos que um dia afloraram, mas que agora deram lugar às atitudes!
Esse sim, é o verdadeiro evangelho! E é por isso que desejo viver e lutar pra que outros também possam enxergar e passar a viver! Vem comigo?

terça-feira, janeiro 12, 2010

Porque não quero uma igreja de vencedores?



Artigo do site: www.tocandoasnacoes.com.br, de autoria de: Vinícius O. S. Guimarães (vinicius@tocandoasnacoes.com)


Antes de você ler este artigo, algumas ponderações merecem ser feitas. Inicialmente quero delimitar o presente artigo, pois o mesmo se diferencia na sua forma estrutural dos demais artigos que costumeiramente escrevo. A intenção deste é construir um texto-desabafo. Por esta razão optei em escrevê-lo na primeira pessoa do singular, pincelando experiências pessoais e linkando a uma reflexão pesarosamente crítica. Sei, portanto, que não serei bem visto por alguns companheiros de ministério que notoriamente são adeptos do que combaterei nas linhas que se seguem. Contudo, me uno neste artigo com intento de estimular os cristãos que informalmente encontro pela jornada cristã que igualmente a mim percebem que há algo de errado no rumo que a igreja brasileira está seguindo.

Torna-se imperativo e é oportunamente válido destacar com letras garrafais que o problema não é a Igreja, mas sim as igrejas. É verdadeiro postular que os fundamentos deixados por Cristo e subseqüentemente preservados pelos apóstolos não são ultrapassados e muito menos ineficazes para a igreja da atualidade. Entretanto, o que me deixa profundamente decepcionado é perceber que inúmeras igrejas estão edificando propositalmente outra Pedra Angular para a Igreja e assim intencionalmente desfocando a esperança cristã dos recônditos eclesiais. Gente esta, que de forma voluntária tentam banalizar a obra da cruz, se esquecendo que a maior vitória que nós podemos ter nesta vida já foi suficientemente conquista por Cristo no Gólgota, a nossa salvação. Deste modo, em defesa da Igreja, que tanto amo e sirvo, declaro: “não quero uma igreja de vencedores!”

A máxima busca por uma igreja de vencedores tem sido compartilhada pelas diversas denominações evangélicas, e das mais diversificadas linhas teológicas. E por mais distinto que seja o mundo evangelical, uma máxima me parece estar sendo comum, e não seria exagero afirmar que até se tornou um clichê do evangeliquês pós-moderno. Estou me referindo a tão aclamada vitória que é vivificada nas bocas dos líderes que a engordurando de positivismo afirmam: “você nasceu para vencer”, ou se apresenta no costumeiro: “hoje a sua vitória vai chegar”, ou então o clássico: “você não vai sair daqui sem sua vitória”. Estes se esquecem que a função básica da igreja é reconciliar o homem com Deus, sendo, portanto, fundamental que a Eclésia prime por modelar os neófitos ao caráter de Cristo, não viciá-los em vitória.

O meu constrangimento surge da intenção de descobrir as razões do porque e o que queremos tanto vencer. E mais instigante ainda, o que seria, então, vencer? Na tentativa de responder a tais questionamentos temos que “cavucar” um pouco mais nos calabouços das igrejas. Inicialmente acredito que uma das principais causas de encontrar algumas igrejas fanáticas por vitória e não mais encantada com a simplicidade das boas novas de Cristo Jesus se justifica pela secularizada literatura cristã sobre o tema liderança. Literatura esta que se caracteriza mais como auto-ajuda motivacional do que necessariamente bases cristãs para a liderança. Fica claro que o modelo de simplicidade, humildade e espiritualidade estampado na pessoa de Cristo não é mais o predileto das mega palestras. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Na “crista da onda” deste turbilhão de desconstrução bíblica acerca da liderança está o famoso e aclamado autor John Maxwell que axiomaticamente não escreve livros sobre o assunto liderança pensando em modelos de igrejas, mas sim em gestão empresarial. Desde antes de meus tempos de estudante de teologia até a presente era os livros de Maxwel ditam o que é um líder vitorioso. E posso afirmar com toda segurança de que não é este o modelo que deveríamos estar ministrando em nossas igrejas, pois não contempla a espiritualidade e nem a dependência em Deus, mas concentra-se na força de vontade e na determinação humana. Aqui, vencer é conseqüência da capacidade de influenciar pessoas. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Outro fator que tem colaborado substancialmente para que algumas igrejas evangélicas prefiram pregar vitória ao invés da mensagem do Carpinteiro Jesus se dá, pelo triste fato, de que as massas só estão buscando Cristo para resolver os seus problemas pessoais. Logo, fala-se tanto de vitória nos púlpitos, pois as pessoas estão tão preocupadas em como resolver as dificuldades causadas pelas más escolhas que intencionalmente fizeram ao longo da vida. Estes fanáticos por vitória não conseguem entender que estar na igreja é assumir uma nova identidade, é viver como peregrino nesta terra e é desejar ardentemente a pátria superior. Não podemos aceitar a liturgia dos cultos se tornarem completamente antropocêntrica, visando somente o homeopático alivio do homem nesta terra. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Caminhando quase que ainda na mesma linha de pensamento, é oportuno ponderar sobre as descristianizadas músicas do ramo gospel que insistem no tom do vencer. Encabeçando esta frenética busca pela vitória e embalada pelos melancólicos acordes podemos destacar a música de Jamily, intitulada: “conquistando o impossível”. Este é o tipo de música que representa com exatidão a vitória que o público evangélico está buscando: “Acredite é hora de vencer, essa força vem de dentro de você (...) nossos sonhos, a gente é quem constrói...”. De repente, quase que sem sentido, aparece a palavra Deus no meio da música, como que em um suspiro de consciência religiosa. No entanto, fica notória que a cantada proposta de vitória centraliza-se na iniciativa humana. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Os cultos dominicais, momento este que limitadamente resume a fé de muitos, ali mais uma destorcida razão de vitória nos solta aos olhos. Estou me referindo a tão desejada “numerolatria” – neurose e paixão obsessiva por crescimento numérico. Por motivo de profissão e ministério sempre convivo com pastores e líderes evangélicos e neste ciclo já me acostumei com a pergunta: “quantos membros tem sua igreja?”. Ao que parece é isto que determina hoje se uma igreja é vitoriosa e bem sucedida. Ensinaram-nos a mensurar a obra de Deus pela quantidade de simpatizantes. Portanto, os membros se tornam clientes e a igreja uma grande loja de conveniência, daí a relação está estabelecida, afague o cliente que ele voltará outras vezes, e quase sempre trará mais outro cliente-membro. Sendo assim, a igreja consegue reunir grande quantidade de pessoas não pelo poder de transformação do evangelho, mas sim pela capacidade de entreter e satisfazer. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Há ainda algo que me incomoda muito mais nesta busca por construir uma igreja de vencedores. Um insight que me vem a mente é que o princípio básico para que haja vencedores é que igualmente haja perdedores. E se, ao que parece como descrito nas linhas acima, a vitória se resume a conquistas humanas, os perdedores também nesta relação serão humanos. Tal alínea é antagônico ao apóstolo Paulo, que afirma: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” – Efésios 6:12. Esta vitória que produz perdedores não é a maneira bíblica de vencer. Portanto, este tipo de igreja de vencedores eu não quero!

Por fim, não quero uma igreja de vencedores, pois estes insistem em ensinar que quem congrega nestas igrejas nunca fracassam a não ser que tenham dado brecha para o maligno ou por incapacidade de fé. O fracasso não é bom, disto tenho plena convicção. Contudo, não posso negligenciar o fator pedagógico presente no “não vencer”. O fracasso tem uma função didática de fundamental importância, pois prova o caráter e solidifica convicções. Gente que só sabe vencer não aprende a perder, daí quando este fatídico dia chega, os “vencedores” apelam (leia-se, abandonam a fé). Por isto o escritor de Eclesiastes afirmou: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.” – Eclesiastes 7:2.

Qualquer tipo de vencer que constrói seu júbilo sobre as cinzas dos outros não merece receber a coroa de vencedor. Qualquer vitória que não seja banhada pela pessoa de Jesus Cristo deve ser refugada pela cristandade. Qualquer sucesso que se centraliza na força humana não deve ocupar lugar na espiritualidade evangelical. Creio que todos querem ser vitoriosos, e a bem da verdade esta é uma atitude nobre. Entretanto, o que deve ser questionado é que tipos de vitória estão pregando em nossos púlpitos. Por fim, reafirmo que meu mais profundo anelo é vencer, em todos os aspectos da minha vida, mas não seguindo estes preceitos pregados pelas “igrejas vencedoras”.

Que Deus nos abençoe!

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Propriedade Exclusiva de Jesus??



Porque declaramos coisas que não são verdades nem mesmo pra nós?
Essa pergunta é realmente difícil de responder. Até de entendê-la.
Adesivo gospel tá na moda nos carros de hoje. E hoje vi um adesivo desses, no vidro traseiro de um carro. Modesto até o carro, nada demais. O adesivo dizia: PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE JESUS!
Aí, fiquei pensando: se alguém estivesse precisando desse dinheiro, dentro da instituição-igreja mesmo, de maneira séria e comprometida, pra ir numa campanha de missões, por exemplo, ou pra ajudar na construção de um centro comunitário de ação social, ou outra coisa parecida..., será que nessa hora esse carro seria realmente PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE JESUS???
E fora da instituição-igreja, se alguém tivesse precisando pagar uma cirurgia complicada e cara, se alguém tivesse passando fome todos os dias pra alimentar um pouco seus filhos, se alguém precisasse consertar sua casa levada pela última enxurrada, arrumar seu carrinho de pipoca destruído pelo incêndio, etc..., será que o carro ainda seria PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE JESUS??
E, mesmo escrevendo transparecendo tudo ser apenas uma possibilidade, embora seja a maior das realidades, será que pelo menos ler e pensar nisso nós faríamos?

Mas não..., nosso umbigo continua sendo nosso deus-maior!! Nossas "propriedades esclusivas de Jesus" não passam de mais uma afirmação-clichê-gospel desprovida de verdade. E não, não temos o menor cuidado ou vergonha na cara e continuamos colocando adesivinhos por aí com dizeres que são verdadeiros, mas não pra nós mesmos!! Somos apressados em falar, mas nosso coração está longe do que declaramos...

Se fôssemos realmente propriedade exclusiva de Jesus estaríamos, com absoluta certeza, numa comunidade mais justa, igualitária, fraternal e comprometida com a verdadeira religião, aquela dos órfãos e das viúvas!
Estaríamos "soltando as correntes da injustiça, desatando as cordas do jugo, pondo em liberdade os oprimidos, rompendo todo jugo, partilhando nossa comida (e nossos carros!) com o faminto, abrigando o pobre desamparado, vestindo o nu que encontrarmos, não recusando ajuda ao próximo, eliminando do nosso meio o jugo opressor, o dedo acusador e a FALSIDADE NO FALAR (e a falsidade no declarar que somos propriedade exclusiva de Jesus!), renunciando a si mesmos pra beneficiar os famintos e satisfazer o anseio dos aflitos... (confira Isaías 58)
Mas não..., queremos só ser propriedades exclusivas de Jesus, sermos jardim fechado, regado e cuidado pelo Espírito, fluindo em nós como um manancial de águas vivas, cujas águas nunca faltam..., como diz a antiga canção que todos nós já cantamos um dia!
Se toda a verdade que declarássemos (tirada de algum versículo bíblico ou mesmo clichê-gospel) fosse realmente verdade em nosso coração, nossa vida prática mostraria esses frutos e não viveríamos com a tamanha dificuldade de relacionamentos que temos hoje, consequência da falta das coisas descritas acima, baseadas em Isaías 58. E essa tamanha dificuldade de relacionamentos traz seus frutos de injustiça, inverdade, falta de amor, falta de compaixão, egoísmos, etc...
Nossa sociedade é como é porque as religiões e instituições-igrejas são secularistas demais, egoístas demais, narcisistas de mais, hedonistas demais, pra viverem as verdades que às vezes pregam por aí, se fazendo de santas. Se realmente fossem o que declaram ser, ao menos a comunidade ao redor, o quarteirão em que ficam localizados..., ao menos os vizinhos seriam diferentes, pra melhor, do que são hoje!!
E pessoalmente, você, é o que prega?? Age como declara agir??? É coerente com os "adesivos" que você cola por aí?
Pense nisso..., como meditação pra um novo ano melhor do que o que passou..., afinal, pode ser seu último!!