sexta-feira, novembro 19, 2010
Universidade Mackenzie: Em defesa da liberdade de expressão Religiosa.
segunda-feira, outubro 25, 2010
Porque eu nunca ganharia o prêmio Nobel
Em 2004 uma organização queria que o prêmio Nobel da Paz fosse distribuído entre mil mulheres militantes do mundo inteiro. Meu primeiro pensamento foi indicar uma amiga católica que tenho aqui na cidade, militante do movimento negro e de vários outros movimentos. Embora eu trabalhe há muitos anos com missões, nem eu nem a maioria dos evangélicos que conheço jamais ganharíamos um prêmio como esse nem seríamos assassinados no mato por um grupo de ruralistas furiosos.
Nosso trabalho é nu de implicações políticas. Há anos nos dedicamos aos índios da Amazônia, sem nos importarmos com questões práticas da terra, com os abusos da legislação indígena. Presenciamos violações dos direitos humanos pelo Governo, choramos com índios incapacitados de tomar as rédeas de seu destino, brigamos com aqueles que se embriagam de interesses escusos, mas só. Nosso choro não é prático. Ou, em alguns raros casos, aplicamos nossas iniciativas ao microcosmo social da igreja, que não chega a ter grandes repercussões regionais ou nacionais.
Não sei por que separo o “servir a Deus” do servir aos homens e acho que meu trabalho principal é fazer com que almas sem corpos venham a ser salvas. Almas sem corpos freqüentam igrejas com paredes graças ao meu trabalho e de muitos que trabalham comigo, para quê? Suas barrigas ainda estão vazias, seus olhos ainda estão baços, seus sexos ainda trazem as marcas das DST’s, as crianças ainda estão sem futuro.
Os possíveis candidatos ao prêmio Nobel devem ter pensamento integrado, devem reconhecer que almas sem corpos não subsistem e devem lutar para que esses corpos alcancem dignidade, cura, cidadania.
Uma evangélica da Assembléia de Deus orou e Deus a orientou na caça a fazendeiros escravagistas no sul do Pará. Eles mantinham escravos para trabalho braçal, entre os quais estava o filho dessa senhora. Ela descobriu e denunciou o caso em meses de investigação, orações, risco de vida. Foi reconhecida e até ganhou prêmio na Inglaterra. No Brasil, porém, não mereceu mais que um quarto de página de Veja. Acho que tampouco apareceu em alguma revista evangélica. Crente estranha. Se fosse apenas uma crente comum, como eu, teria orado, chorado e só.
Outro problema é que nossos impérios são nossos. Temos igrejas em bairros pobres, que me fazem lembrar as mesquitas do Cairo. Construir mesquitas é a maneira como muçulmanos ricos agradam a Alá. Nós também, crentes-islâmicos, agradamos a Deus com templos. Lá ficam nossas igrejas em favelas e guetos subumanos, fechadas durante a semana. Não existem nestes guetos espaço para lazer, educação, nada que possa elevar a condição humana da lama em que mergulha. Mas o templo está lá, subaproveitado, como monumento à indiferença de Deus pela humanidade. Deus é crente e nos vê quando estamos na igreja; preocupa-se com nossa religião, não com nossa barriga vazia ou nossa marginalização social.
Os candidatos ao prêmio Nobel, no entanto, saberiam que se construíssem algo teria de ser comunitário, aberto, humano, ativo sete dias por semana, para reconstruir a humanidade, porque se Deus nos ama mesmo ele nos ama inteiros.
Triste constatação essa que fiz. A maioria dos evangélicos, inclusive eu, somos socialmente inoperantes, destituídos de uma real consciência de nossa responsabilidade humana. Que nossos amigos católicos nos representem com todo o glamour de seus pés descalços, mãos cansadas, aventais sujos e, tristemente, bocas cheias de terra.
terça-feira, outubro 19, 2010
Os perigos do consumismo.
O eixo de muito dos problemas que temos hoje, inclusive invadindo os meios cristãos, é o consumismo.
Não devemos consumir? Sim, mas, como vamos ver no sistema abaixo, num sistema linear dentro de um mundo de recursos finitos, há um grande perigo na forma de enxergarmos o consumo das coisas. E somos bombardeados de todos os lados pra entrarmos e permanecermos nesse sistema, que é egoísta, individualista e desprovido de qualquer senso cristão.
É um vídeo grandinho, com cerca de 20 minutos, porém de fácil explicação, com ilustrações pra melhor entendermos. Vale a pena pra se pensar e repensar nossa forma de ser frente ao sistema capitalista que nos domina, analisando criticamente nossa participação ligados aos nossos valores cristãos, se é que o temos com sinceridade!
Fique esperto!! Se você é um cara "da moda", cheio de desejos consumistas, talvez tenha que rever seus conceitos e travar uma batalha consigo mesmo pra uma transformação drástica! Porque? Porque envolve sua vida e identidade pessoal, sua comunhão e relacionamento com as pessoas ao seu redor, seu relacionamento com o Criador e, também, seu relacionamento com a natureza criada, que muito tem sofrido nesse processo...
Assista e fique à vontade para um debate de idéias!
quarta-feira, outubro 13, 2010
Servo ou Senhor: que papel você tem exercido na sociedade?
Desde que retornei pra minha cidade de origem, tenho questionado a mim mesma e, principalmente, Deus, até onde Ele deseja que eu chegue.
Tem sido um tempo de muita gratidão, mas também de muita tristeza. A obediência a Deus me fez aceitar uma proposta de emprego, com o objetivo de levantar recursos pro futuro. Tem sido um tempo de muita amizade e intimidade com o Pai, tudo isso tem me levado a ficar mais próximo Dele, e também de testificar os meu reais valores de vida.
Nessa caminhada muitas coisas tem me entristecido. Ver o quanto o ser humano não se contenta com aquilo que tem, querem sempre mais.
O tempo que passei na Europa foi essencial pra eu descobrir um pouco mais da minha identidade e do verdadeiro valor do ser humano. Entender que, qualquer que for a função que se exerça, ela tem o mesmo valor, desde que seja feita com amor, e excelência. O que me entristece é ver o quanto as pessoas se vendem, por status e dinheiro, e nunca se contentam com aquilo que recebem. A gratidão é um valor que realmente tem faltado na vida das pessoas, e a paixão em servir independentemente da função é primordial em qualquer circunstância.
Sei que pras pessoas que não conhecem verdadeiramente o cristianismo, na totalidade dele, não vão entender o que eu quero dizer, mas ver “cristãos“ querendo não entender e viver isso é o que mais me entristece e me revolta.
Até aonde o ser humano deseja ir? Até que ponto ele se vende por dinheiro e status? Por que não conseguimos viver com pouco? Será que Deus não sabe o quanto realmente precisamos?? Será que Ele não tem noção do quê realmente precisamos? E se temos mais, por que temos tanta dificuldade de dividir com o próximo e ajudá-lo a ter o mesmo ou até mais que eu? E por que nos preocupamos tanto em ser mais que os outros, ou achar que minha função tem sempre que ser maior ou melhor que a do outro? Por que eu quero sempre crescer de acordo com o que a sociedade me impõe? Queremos provar algo aos outros, ou realmente entendemos aquilo que amamos fazer e queremos fazer o melhor, com o objetivo de abençoar a outros e não a nós mesmos, ou satisfazer meu próprio ego. Até onde o ser humano é capaz de ir pra realizar a si mesmo? Será que realmente temos vivido o verdadeiro cristianismo? Ou temos camuflado com muito profissionalismo?
Esse tem sido meu maior questionamento nesses dias. Minha oração é pra que Deus me capacite a viver com toda honestidade e excelência o meu chamado e serviço a Ele e, conseqüentemente, às pessoas a minha volta, desejando honrar a Ele e não a minha imagem. Afinal se nem Ele teve honra nessa terra, por que eu, como serva e seguidora Dele, deveria ter? Afinal o servo não é maior que o seu Senhor.
segunda-feira, outubro 11, 2010
terça-feira, outubro 05, 2010
O que você pode oferecer??
Assista o vídeo abaixo e gaste um tempinho orando:
Obs: sempre me pergunto: porque não somos nós, os cristãos, usando nossos talentos pra fazer vídeo como esse??
segunda-feira, outubro 04, 2010
terça-feira, setembro 28, 2010
Mensagem à Igreja brasileira!
Essa música faz pensar, como que uma mensagem a toda igreja brasileira..., reflita, medite e tire suas conclusões.
terça-feira, setembro 21, 2010
Desigrejados sim, desviados não!
por Hermes C. Fernandes, via Genizah
Acredito ter sido o primeiro a usar a expressão “desigrejados”. Estava em busca de uma palavra que expressasse a condição de muitos cristãos de nossos dias, daí surgiu esse neologismo. Aqui nos Estados Unidos, cunhou-se a expressão “churchless” para designar esta enorme massa de crentes que deixaram os currais denominacionais para servirem a Deus em seu próprio ambiente doméstico.
Ser “desigrejado” não é o mesmo que ser “desviado”. O desviado seria aquele que não apenas deixou a igreja, mas afastou-se do próprio Cristo, voltando às práticas pecaminosas que antes dominavam sua vida.
Já o desigrejado não pretende afastar-se de Cristo, nem de Seus ensinamentos, mas tão-somente da máquina eclesiástica.
Solidarizo-me com os milhões de desigrejados espalhados em nosso País, ainda que eu mesmo não me considere propriamente um.
Embora seja bispo de uma igreja sediada no Brasil, tenho experimentado um pouco da sensação de ser desigrejado durante meu exílio aqui nos Estados Unidos. Não deixei de pregar para nossa igreja, ainda que via Skype com freqüência semanal. Até a Ceia tenho celebrado com minha família, com transmissão ao vivo para o Brasil. Nosso povo lá, e nós aqui, todos ao redor da Mesa do Senhor. Embora unidos no espírito, temos estado separados fisicamente por mais de um ano. Temos saudade do calor humano, do cheiro de gente, das atividades da igreja, etc.
Creio que esta sensação de exílio tem sido sentida por muitos desigrejados. No meu caso, devido à distância geográfica. Mas para muitos, deve-se a outros fatores, tais como, discordância doutrinária, não conformismo com a maneira em que a igreja tem sido conduzida, etc.
Os blogs apololéticos têm servido de púlpito para muitos desses cristãos autênticos, que decidiram não se dobrar ao espírito de Mamom. Eles se alimentam do que neles têm sido postados diariamente.
Infelizmente, não dá para dizer o mesmo da maioria dos programas evangélicos veiculados nos canais de TV ou em emissoras de rádio, onde a marca registrada é o proselitismo descarado.
Fenômeno semelhante ocorreu durante os dias da igreja primitiva. Houve um êxodo de cristãos que abandonaram o templo em Jerusalém e as sinagogas espalhadas pelo império, para servir a Deus em suas próprias casas. Santuários cristãos só surgiriam séculos depois com a paganização do cristianismo.
Os desigrejados não estão abandonando a Igreja, como geralmente se alega, e sim as estruturas denominacionais que se arrogam o direito de se intitular “igreja”. A Igreja de Cristo não é e nunca foi presbiteriana, batista, metodista, pentecostal, episcopal ou coisa parecida. Tais termos designam estruturas eclesiásticas. Isso inclui a denominação que presido. Muitíssimas vezes tenho declarado em nossos cultos: O Reino é muito maior que a REINA (nome de nossa denominação). O problema é que estamos mais preocupados em preservar os odres do que o vinho.
As estruturas denominacionais servem como andaimes usados na construção da genuína Igreja. Depois que esta estiver pronta, de nada servirão aquelas. Foram feitas pra acabar.
Meu conselho aos desigrejados é que busquem unir-se para cultuar a Deus e dar testemunho do Seu amor. Seu desânimo para com as instituições é justo. Mas não permitam que isso lhes afaste da prática do primeiro amor.
Mais um vídeo a favor da vida!
Vejam, analisem, e vamos debater de maneira coerente!
segunda-feira, setembro 20, 2010
Conselhos à Noiva - por Joed Venturini
Temos refletido sobre a aparente contradição de um mundo que até parece apreciar Jesus, mas que rejeita profundamente sua noiva - a Igreja. Vimos algumas razões para a atual rejeição da Igreja. Pensemos agora em como a noiva pode se tornar a adorável criatura que Deus idealizou e que conquistaria corações.
1) DUPLICIDADE
Quando o mundo observar cristãos que são discipulos verdadeiros então sentirá o cheiro suave do qual fala a escritura. Muitos poderão até não entender, poderão até não aceitar, mas não poderão dizer que a noiva não tem nada a ver com o noivo.
2) INSTITUCIONALIZAÇÃO
3) MARGINALIDADE
Precisamos levar nossa fé e nossa ética conosco para o trabalho, para a escola, no lazer. Precisamos dessa vida de fé e prática nas cidades, nos campos, nas universidades, nas fábricas, nas escolas, nos parlamentos, hospitais, tribunais, empresas e parques de diversão. Precisamos mostrar ao mundo que nossa fé é relevante exatamente vivendo essa fé a cada instante e em cada circunstância. E quando assim fizermos, iremos incomodar, mas a noiva resplandecerá como deveria e mostrará o brilho do noivo.
4) SEPARATISMO
5) DIVISÃO INTERNA
domingo, setembro 19, 2010
Mais 2 vídeos, sobre PNDH3...
Nossa proposta é conscientizar a Igreja de Cristo. Tire suas conclusões e pode comentar, concordando ou não.
Arnaldo Jabor, sobre a PNDH3:
Reportagem da TV Bandeirantes, a respeito da mesma PNDH3:
segunda-feira, setembro 13, 2010
PT ameaça processar pastor pres. da 1ª Ig. Batista de Curitiba
PT ameaça Pr. Paschoal Piragine Jr
Assista o vídeo do pastor abaixo:
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
quinta-feira, setembro 02, 2010
Quer ter sua mente renovada pra transformar o mundo ao seu redor?
Entre nesse site e conheça mais sobre o evento, preletores, local, data, etc...
Participe!! Você não vai se arrepender ou seu dinheiro de volta..., hehehehehehehehe!!
Clique no link abaixo pra ir para o site:
sexta-feira, agosto 27, 2010
Por uma nova reforma...
TODOS QUEREM UMA NOVA REFORMA
Gustavo Bessa, do DT, defende volta à Palavra e Testemunho
Depois de Hernandes Dias Lopes e teólogos à Revista Época conclamarem uma reforma protestante, agora foi à vez do pastor Gustavo Bessa, marido de Ana Paula Valadão, através de um artigo, pedir revisão de postura da Igreja. O líder da Igreja Batista da Lagoinha em Minas Gerais, diz que no passado a Igreja institucional usava a Bíblia para enganar os fiéis. “Muitas instituições também usam a Bíblia para enganar os cristãos. Mudaram as épocas, os nomes das pessoas, as propostas, as regiões geográficas, mas a ganância, a vaidade, a ambição e as estratégias continuam sendo as mesmas”, criticou.
No artigo ele defende uma nova reforma nas instituições e diz que o problema que culminou foi a falta de leitura e meditação na Palavra de Deus. “Os cristãos se tornaram acomodados e preguiçosos”, rebateu.
LEI NA INTEGRA:
Precisamos de uma nova reforma
Nós estamos precisando de uma nova Reforma! Na época da primeira Reforma, a igreja estava vendendo terrenos nos Céus; nos dias de hoje, a igreja está vendendo terrenos na Terra. Naquele tempo, as pessoas ansiavam pelos tesouros dos Céus; hoje, as pessoas anseiam pelos tesouros da terra. No passado, a igreja institucional usava a Bíblia para enganar os fiéis; no presente, muitas instituições também usam a Bíblia para enganar os cristãos. Mudaram as épocas, os nomes das pessoas, as propostas, as regiões geográficas, mas a ganância, a vaidade, a ambição e as estratégias continuam sendo as mesmas.
Precisamos de uma nova Reforma não, primeiramente, nas instituições, mas, sobretudo em nossos próprios corações. A Bíblia precisa ser redescoberta, não nos púlpitos e nas plataformas, mas nos nossos quartos e momentos mais íntimos. Se naquela época, as pessoas eram enganadas porque tinham os olhos nos Céus, hoje, as pessoas são enganadas porque têm os olhos na Terra; se no passado, os cristãos eram iludidos porque não tinham a Bíblia em suas mãos, hoje, eles são iludidos mesmo tendo uma, duas, três ou mais Bíblias em casa. O problema não é a falta das Escrituras, mas, sim, a falta de leitura e meditação na Palavra de Deus. Os cristãos se tornaram acomodados e preguiçosos!
Nos dias de hoje, poucas são as pessoas que não se deixam levar pela preguiça intelectual; e muitos são os que preguiçosamente se assentam para ouvir a música ou a pregação de um outro. Muitos são os que só se alimentam daquilo que é regurgitado por outros; e poucos são os que, diante do Senhor, cavam as suas próprias cisternas a fim de beberem das águas mais límpidas. Muitos, sem o saber, já estão doentes, pois são muitos os que não mais têm fome e nem sede. Alimentam-se através de uma sonda, quando alguém lhes injeta algum tipo de alimento na alma.
Os sermões, as pregações e a adoração congregacional são fundamentais; mas eles jamais substituem o firme fundamento que é construído no trabalho solitário da leitura e meditação diária nas Escrituras, quando a pessoa pode se encontrar e relacionar-se intimamente com a Palavra que se fez carne, Jesus, o Pão do Céu, o desejado da nossa alma. A recomendação que Paulo deu a Timóteo é a mesma que ecoa pelas paredes dos séculos e reverbera nos nossos ouvidos: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Timóteo 2.15 – RA).
Voltemos à Palavra e ao Testemunho!
Gustavo Bessa
sábado, agosto 21, 2010
Discernimento Igreja, discernimento...
Lê aí:
Por Leonardo Gonçalves
“Se existe uma "vítima" da chamada Teologia da Prosperidade ela é a própria palavra escrita na Bíblia. Essa teoria (ou prática teológica) tem se disseminado de forma surpreendente, e é defendida por evangélicos que crêem --grosso modo-- que Deus tem algum tipo de dívida para com o ser humano, ou que tem uma espécie de acordo (com ares de obrigação) de dar-lhe riqueza e felicidade caso a pessoa realmente tenha fé e o queira. A contrapartida geralmente é o fiel desembolsar alguma riqueza própria (dinheiro) em troca da riqueza maior futura. O pastor evangélico Marco Feliciano, do Ministério Tempo de Avivamento, leva a teoria às últimas consequências em site e em programa na Rede TV. Enquanto garante que Deus atenderá a todos os pedidos de "fiéis", "perseverantes" ou "valentes", ele aproveita e vende cursos de teologia, DVDs, CDs de músicas e camisetas. Até aí, ok, nada demais. Mas ele também usa o nome de Jesus em merchandisings.Segundos após realizar uma oração inflamada (que inclui palavras de língua desconhecida), pastor Feliciano ressurge como garoto-propaganda no mesmo cenário para vender um consórcio de casa própria, o GMF Consórcios. "Você realiza, então, em nome de Jesus, o sonho da casa própria", diz o pastor.” (FELTRIN, Roberto, em Ooops - UOL notícias, 29/10/2008)
Gente, definitivamente eu não sei o que é pior: Se é ouvir o Marco Feliciano usando o nome de Jesus para vender consórcio ou se é ter que ver o Robson Feltrin, colunista da UOL – um incrédulo, defender a fé cristã!
Não é de hoje que o pastor Marco Feliciano causa polêmica no meio evangélico, mas a culpa é dele mesmo.
No início, o Marcos surgiu com um discurso inflamado em defesa dos “usos e costumes” da sua denominação, e algumas vezes até exagerava nesse zelo. Agora ele simplesmente discorda de tudo o que ele antes defendia; ficou moderninho, cabeludo e faz a sombrancelha. Até aqui, nada contra. Porém ele enveredou pelo caminho da teologia da prosperidade e a cada dia acrescenta uma nova heresia ao seu acervo:
“Se eu tenho crédito no céu...” Ele diz, esquecendo-se que tudo o que temos é fruto da graça.
“Coloca oito serafins aqui agooora!” Outra heresia. Nem Jesus nem os discípulos jamais invocaram a presença de anjos em oração.
Em uma pregação intitulada “Os sonhos de José”, Marco afirma que assim como Jacó, “Deus também tem, entre seus filhos, alguns que são mais queridos”. Que mentira! Deus não faz acepção de pessoas, e ama igualmente o crente como o incrédulo. Não há “queridinhos” aos olhos de Deus.
“Crente que não faz barulho tem defeito de fabricação”, ele diz, como se o volume do crente evidenciasse vida cristã.
Agora, voltando ao tema da GMF: tudo bem que o Marcão queira ganhar uma graninha extra como garoto propaganda, colocando a cara dele na website da empresa. Alias eu imagino o quanto deve ser difícil sobreviver com a mixaria que ele cobra para pregar... Pois bem, se ele quer vender consórcio, problema dele; mas colocar o nome de Jesus no meio já é extrapolar todos os limites.
“Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.16-20)
Discernimento, igreja. Discernimento...
Assista o video do pastor propaganda
segunda-feira, agosto 09, 2010
A igreja das multidões!!!
A igreja caricaturada de nossos tempos está mais forte do que nunca. Não falo aqui da igreja verdadeira, o Corpo de Cristo. Esta até me arrisco a dizer que está um pouco mais fraca com o passar do tempo, por causa da grande "explosão" da igreja-empresa, do clube de entretenimento que vemos hoje. É nessa tal "igreja do homem" que quero me ater nesse pequeno texto.
É notório como a igreja abandonou significativamente os designios de Deus, como a sensação de auto-sustentabilidade foi impregnada no nosso coração a tal ponto de guiarmos nossa vida em direção totalmente contrária a vontade de Deus.
Diretamente ouvimos em nossa comunidade, seja ela qual for, que precisamos urgentemente evangelizar, trazer pessoas para perto de Deus. Mas o que realmente queremos é trazer as pessoas para perto de nós, adicionar pessoas ao nosso convivio sujo, de descrenças e imoralidade.
E isso acontece porque?
Porque nossa vontade passa por cima dos outros. Porque nossa vontade de crescimento em números passa por cima de qualquer princípio bíblico. Nosso orgulho e pretensão de ser superior aos outros toma conta de nossos anseios diários. Porque pensamos que as pessoas não podem sobreviver sem nossa "grande instituição. Porque somos cegos para ver o verdadeiro Reino de Deus!!!
A igreja continua insistindo numa forma antibíblica de evangelismo, definindo prazo de mudança para as pessoas "aceitarem Jesus", exigindo uma conversão urgente e superficial baseada na adequação as regras de seus usos e costumes, esquecendo da radical e soberana transformação que só pode vir pelo Espirito Santo, de dentro pra fora e no livre tempo de Deus.
Enchemos nossos templos com pessoas que nunca se converteram, que nem sabem o real significado de ser cristão. Pessoas em que o profundo conhecimento de Deus passa longe de seus corações e mentes. "Crentes" que jamais pensaram sobre sua responsabilidade politica dentro das comunidades onde atuam . O que ensinamos para essas pessoas além de dar o seu dízimo, é que ela fique quieta, não pense, não reflita, não nos importune, apenas faça o que o "script" da igreja manda....e com isso vamos formando cristãos falsos, líderes sensacionalistas e "aproveitadores do reino".
Quando Jesus fala sobre o Reino, ele nos fala sobre arrependimento genuíno, que vem do fundo do nosso coração, que muda de direção. Arrependimento que renova nossa mentalidade. Uma transformação da nossa moral, de nossos costumes, da nossa maneira de enxergar o mundo, transformação da nossa cosmovisão biblica. Ele nos chama pra caminhar junto com Ele, aprendendo todos os dias.
O mais engraçado é que podemos realmente ver uma mudança de direção, mas ao contrário daquela que Jesus propõe na Bíblia. Estamos mudando de direção em relação ao plano original de Deus, caminhando numa metanóia distorcida, totalmente reversa aos princípios Dele.
A igreja caminha a passos largos para a morte e acho que isso não demorará muito tempo.
Que os remanescentes do Reino de Deus continuem sendo fortes, que o nosso coração se converta dos nossos pecados e maldades e que a igreja seja realmente quem ela precisa ser.
quarta-feira, agosto 04, 2010
Igrejas Missionárias Mudarão o Mundo
Nas comunidades cristãs em geral, é normal que as pessoas se sintam desconfortáveis quando se deparam com os “incômodos índices missionários” divulgados nas conferências. Na verdade, são milhões que ainda desconhecem Jesus como Senhor e Salvador do mundo. Aliás, vale a pena sempre lembrar que temos, de fato, cerca de 02 bilhões de pessoas, para sermos mais realistas e precisos. Também temos cerca de 02 mil idiomas sem a tradução das escrituras, entre as línguas orais, de sinais (para surdos), ágrafas (sem escrita), etc.
Um número considerável de nações têm um número de cristãos menor que os da comunidade onde você se reúne livremente aos Domingos. Em algumas realidades, os próprios pais matam seus filhos brutalmente se souberem que eles se tornaram cristãos.
O desafio dos povos não-alcançados ou pouco evangelizados ainda permanece aí, diante de nós. Algumas organizações se empenham em alcançá-los, outras em estudá-los, outras em enviar os poucos dispostos, outras a orar, contribuir, criticar métodos atuais, propor novos métodos, etc. Todavia, uma parte majoritária da Igreja, lamentavelmente, não se sente tão incomodada com a realidade missionária a ponto de romper o estado de perplexidade rumo ao posicionamento prático que a encarnação nos sugere.
Segundo a missão internacional Servindo a Pastores e Líderes (SEPAL), a igreja evangélica cresce em uma projeção tal, em termos numéricos, que temos a possibilidade de nos tornarmos a metade da população brasileira em 2050. Não temos um número exatamente preciso sobre quantos missionários a igreja enviou para o campo missionário nos últimos 10 ou 20 anos. Sabemos que há aproximadamente 30 milhões de cristãos no Brasil. Mas, a proporção de missionários enviados por esse grupo é de 01 missionário para cada 10 mil convertidos, em termos de missões transculturais.
Imagine se nós assumíssemos a grande comissão com uma postura efetiva, como igreja brasileira, e nos dispuséssemos a encarar com seriedade o mandamento de Jesus de pregar o Evangelho a todos os povos. Imagine se de cada 1.000 cristãos tivéssemos 01 missionário? O que poderia acontecer espiritualmente com o planeta Terra?Agora, pensemos em missões urbanas… No Brasil, temos grupos étnicos minoritários tão não-alcançados quanto a menor vila no interior da Eritréia em regiões afastadas, latino-americanas ou asiáticas.
As grandes cidades concentram ciganos, refugiados, surdos, miseráveis ou pessoas em situação de rua, grupos de cultura distinta como os skinheads, devotos de seitas diversas e, até mesmo cadeirantes sem acesso às igrejas por causa da falta de rampas ou crianças órfãs esquecidas em abrigos, dentre outros. Esse enorme desafio conta, em contextos evangelizados, com uma presença cristã significativa e milhares de missionários, muitos deles anônimos atuando nessa seara. Sabemos, certamente, ao olhar nas nossas grandes praças, que esse número de abnegados, além de insuficiente, pode e deve ser mais bem preparado para atuar efetivamente entre esses grupos.
O que se percebe hoje ser um grande desafio missionário, talvez não seja tanto a realidade que descrevemos dos povos urbanos ou tribais não-alcançados. Talvez, não seja necessariamente apenas a tradução da Escritura para cada idioma, a entrada segura de missionários em nações fechadas, ou ainda, o alcance do povo mais remoto e sem conhecimento de Jesus. Talvez, o maior desafio missionário é alcançar o exército indiferente que, no conforto da ‘graça’ se choca e lamenta todos os Domingos em nossas melhores igrejas, esquecendo do que ouviu algumas horas depois. O maior desafio missionário é começar um grupo de missões em uma igreja que só busca a benção por ela mesma. O maior desafio missionário é termos um jovem de 18 anos de idade, bem discipulado vocacionalmente para que, ou na Universidade, ou no Seminário Teológico, ou na Agência Missionária, doe seu melhor para a glória de Deus, fazendo diferença na sua geração e nas próximas, e viva para uma causa e um bem maior que ele mesmo. O Cristianismo legítimo nos leva a abraçar causas e responder questões que beneficiam outros, mesmo que em detrimento ou sacrifício de nós mesmos.
Por fim, o maior desafio missionário, é termos uma igreja que ora, informa, envia e sustenta responsavelmente em todos os sentidos seus melhores homens e mulheres para a tarefa da Grande Comissão. Foi isso que fez a Igreja multicultural de Antioquia, que impactou diversas regiões da Ásia e da Europa. Que colaborou para o alcance de nações como a Inglaterra, ainda nos primeiros séculos. Ela enviou Barnabé e Saulo, parte de sua liderança, para uma obra que o Espírito Santo direcionou.
Não pensaram somente em suas próprias necessidades. Não pensaram que perderiam grandes obreiros. Não pensaram nos custos financeiros. Não pensaram nem mesmo no custo emocional do afastamento, da saudade que seus amigos deixariam. Eles, conforme o testemunho das sagradas escrituras, “lhes impuseram as mãos e os despediram” (Atos 13: 1-3). A igreja de Antioquia foi direta e historicamente responsável pelo alcance de nações como os Estados Unidos da América e, mais adiante, o próprio Brasil.
Uma igreja missionária pode alcançar pessoas e nações inteiras. E você e sua comunidade também. Uma igreja saudável foi feita para acolher, mas também, para saber enviar e despedir. Igreja é movimento e não um monumento. Ainda nos alarmaremos em nossas poltronas com os “incômodos índices missionários” ou seremos capazes de nos levantarmos e tomar uma atitude concreta?
Igrejas missionárias mudarão o mundo. Sua comunidade pode transcender o ordinário para participar da evangelização do mundo. Basta romper com os medos e com o egoísmo. Participe de alguma forma do que Deus está fazendo entre as nações. Celebre com Ele a beleza dos povos e anunciai entre as nações, a Sua glória, e, entre todos os povos, as Suas maravilhas! (cf. Sl. 96:3).
O maior desafio missionário é o meu e o seu coração!
Maranatha…
by Daniela Xavier em 28 de dezembro de 2009 - nos artigos do site da Jocum Brasil