sexta-feira, novembro 19, 2010
Universidade Mackenzie: Em defesa da liberdade de expressão Religiosa.
segunda-feira, outubro 25, 2010
Porque eu nunca ganharia o prêmio Nobel
Em 2004 uma organização queria que o prêmio Nobel da Paz fosse distribuído entre mil mulheres militantes do mundo inteiro. Meu primeiro pensamento foi indicar uma amiga católica que tenho aqui na cidade, militante do movimento negro e de vários outros movimentos. Embora eu trabalhe há muitos anos com missões, nem eu nem a maioria dos evangélicos que conheço jamais ganharíamos um prêmio como esse nem seríamos assassinados no mato por um grupo de ruralistas furiosos.
Nosso trabalho é nu de implicações políticas. Há anos nos dedicamos aos índios da Amazônia, sem nos importarmos com questões práticas da terra, com os abusos da legislação indígena. Presenciamos violações dos direitos humanos pelo Governo, choramos com índios incapacitados de tomar as rédeas de seu destino, brigamos com aqueles que se embriagam de interesses escusos, mas só. Nosso choro não é prático. Ou, em alguns raros casos, aplicamos nossas iniciativas ao microcosmo social da igreja, que não chega a ter grandes repercussões regionais ou nacionais.
Não sei por que separo o “servir a Deus” do servir aos homens e acho que meu trabalho principal é fazer com que almas sem corpos venham a ser salvas. Almas sem corpos freqüentam igrejas com paredes graças ao meu trabalho e de muitos que trabalham comigo, para quê? Suas barrigas ainda estão vazias, seus olhos ainda estão baços, seus sexos ainda trazem as marcas das DST’s, as crianças ainda estão sem futuro.
Os possíveis candidatos ao prêmio Nobel devem ter pensamento integrado, devem reconhecer que almas sem corpos não subsistem e devem lutar para que esses corpos alcancem dignidade, cura, cidadania.
Uma evangélica da Assembléia de Deus orou e Deus a orientou na caça a fazendeiros escravagistas no sul do Pará. Eles mantinham escravos para trabalho braçal, entre os quais estava o filho dessa senhora. Ela descobriu e denunciou o caso em meses de investigação, orações, risco de vida. Foi reconhecida e até ganhou prêmio na Inglaterra. No Brasil, porém, não mereceu mais que um quarto de página de Veja. Acho que tampouco apareceu em alguma revista evangélica. Crente estranha. Se fosse apenas uma crente comum, como eu, teria orado, chorado e só.
Outro problema é que nossos impérios são nossos. Temos igrejas em bairros pobres, que me fazem lembrar as mesquitas do Cairo. Construir mesquitas é a maneira como muçulmanos ricos agradam a Alá. Nós também, crentes-islâmicos, agradamos a Deus com templos. Lá ficam nossas igrejas em favelas e guetos subumanos, fechadas durante a semana. Não existem nestes guetos espaço para lazer, educação, nada que possa elevar a condição humana da lama em que mergulha. Mas o templo está lá, subaproveitado, como monumento à indiferença de Deus pela humanidade. Deus é crente e nos vê quando estamos na igreja; preocupa-se com nossa religião, não com nossa barriga vazia ou nossa marginalização social.
Os candidatos ao prêmio Nobel, no entanto, saberiam que se construíssem algo teria de ser comunitário, aberto, humano, ativo sete dias por semana, para reconstruir a humanidade, porque se Deus nos ama mesmo ele nos ama inteiros.
Triste constatação essa que fiz. A maioria dos evangélicos, inclusive eu, somos socialmente inoperantes, destituídos de uma real consciência de nossa responsabilidade humana. Que nossos amigos católicos nos representem com todo o glamour de seus pés descalços, mãos cansadas, aventais sujos e, tristemente, bocas cheias de terra.
terça-feira, outubro 19, 2010
Os perigos do consumismo.
O eixo de muito dos problemas que temos hoje, inclusive invadindo os meios cristãos, é o consumismo.
Não devemos consumir? Sim, mas, como vamos ver no sistema abaixo, num sistema linear dentro de um mundo de recursos finitos, há um grande perigo na forma de enxergarmos o consumo das coisas. E somos bombardeados de todos os lados pra entrarmos e permanecermos nesse sistema, que é egoísta, individualista e desprovido de qualquer senso cristão.
É um vídeo grandinho, com cerca de 20 minutos, porém de fácil explicação, com ilustrações pra melhor entendermos. Vale a pena pra se pensar e repensar nossa forma de ser frente ao sistema capitalista que nos domina, analisando criticamente nossa participação ligados aos nossos valores cristãos, se é que o temos com sinceridade!
Fique esperto!! Se você é um cara "da moda", cheio de desejos consumistas, talvez tenha que rever seus conceitos e travar uma batalha consigo mesmo pra uma transformação drástica! Porque? Porque envolve sua vida e identidade pessoal, sua comunhão e relacionamento com as pessoas ao seu redor, seu relacionamento com o Criador e, também, seu relacionamento com a natureza criada, que muito tem sofrido nesse processo...
Assista e fique à vontade para um debate de idéias!
quarta-feira, outubro 13, 2010
Servo ou Senhor: que papel você tem exercido na sociedade?
Desde que retornei pra minha cidade de origem, tenho questionado a mim mesma e, principalmente, Deus, até onde Ele deseja que eu chegue.
Tem sido um tempo de muita gratidão, mas também de muita tristeza. A obediência a Deus me fez aceitar uma proposta de emprego, com o objetivo de levantar recursos pro futuro. Tem sido um tempo de muita amizade e intimidade com o Pai, tudo isso tem me levado a ficar mais próximo Dele, e também de testificar os meu reais valores de vida.
Nessa caminhada muitas coisas tem me entristecido. Ver o quanto o ser humano não se contenta com aquilo que tem, querem sempre mais.
O tempo que passei na Europa foi essencial pra eu descobrir um pouco mais da minha identidade e do verdadeiro valor do ser humano. Entender que, qualquer que for a função que se exerça, ela tem o mesmo valor, desde que seja feita com amor, e excelência. O que me entristece é ver o quanto as pessoas se vendem, por status e dinheiro, e nunca se contentam com aquilo que recebem. A gratidão é um valor que realmente tem faltado na vida das pessoas, e a paixão em servir independentemente da função é primordial em qualquer circunstância.
Sei que pras pessoas que não conhecem verdadeiramente o cristianismo, na totalidade dele, não vão entender o que eu quero dizer, mas ver “cristãos“ querendo não entender e viver isso é o que mais me entristece e me revolta.
Até aonde o ser humano deseja ir? Até que ponto ele se vende por dinheiro e status? Por que não conseguimos viver com pouco? Será que Deus não sabe o quanto realmente precisamos?? Será que Ele não tem noção do quê realmente precisamos? E se temos mais, por que temos tanta dificuldade de dividir com o próximo e ajudá-lo a ter o mesmo ou até mais que eu? E por que nos preocupamos tanto em ser mais que os outros, ou achar que minha função tem sempre que ser maior ou melhor que a do outro? Por que eu quero sempre crescer de acordo com o que a sociedade me impõe? Queremos provar algo aos outros, ou realmente entendemos aquilo que amamos fazer e queremos fazer o melhor, com o objetivo de abençoar a outros e não a nós mesmos, ou satisfazer meu próprio ego. Até onde o ser humano é capaz de ir pra realizar a si mesmo? Será que realmente temos vivido o verdadeiro cristianismo? Ou temos camuflado com muito profissionalismo?
Esse tem sido meu maior questionamento nesses dias. Minha oração é pra que Deus me capacite a viver com toda honestidade e excelência o meu chamado e serviço a Ele e, conseqüentemente, às pessoas a minha volta, desejando honrar a Ele e não a minha imagem. Afinal se nem Ele teve honra nessa terra, por que eu, como serva e seguidora Dele, deveria ter? Afinal o servo não é maior que o seu Senhor.
segunda-feira, outubro 11, 2010
terça-feira, outubro 05, 2010
O que você pode oferecer??
Assista o vídeo abaixo e gaste um tempinho orando:
Obs: sempre me pergunto: porque não somos nós, os cristãos, usando nossos talentos pra fazer vídeo como esse??
segunda-feira, outubro 04, 2010
terça-feira, setembro 28, 2010
Mensagem à Igreja brasileira!
Essa música faz pensar, como que uma mensagem a toda igreja brasileira..., reflita, medite e tire suas conclusões.
terça-feira, setembro 21, 2010
Desigrejados sim, desviados não!
por Hermes C. Fernandes, via Genizah
Acredito ter sido o primeiro a usar a expressão “desigrejados”. Estava em busca de uma palavra que expressasse a condição de muitos cristãos de nossos dias, daí surgiu esse neologismo. Aqui nos Estados Unidos, cunhou-se a expressão “churchless” para designar esta enorme massa de crentes que deixaram os currais denominacionais para servirem a Deus em seu próprio ambiente doméstico.
Ser “desigrejado” não é o mesmo que ser “desviado”. O desviado seria aquele que não apenas deixou a igreja, mas afastou-se do próprio Cristo, voltando às práticas pecaminosas que antes dominavam sua vida.
Já o desigrejado não pretende afastar-se de Cristo, nem de Seus ensinamentos, mas tão-somente da máquina eclesiástica.
Solidarizo-me com os milhões de desigrejados espalhados em nosso País, ainda que eu mesmo não me considere propriamente um.
Embora seja bispo de uma igreja sediada no Brasil, tenho experimentado um pouco da sensação de ser desigrejado durante meu exílio aqui nos Estados Unidos. Não deixei de pregar para nossa igreja, ainda que via Skype com freqüência semanal. Até a Ceia tenho celebrado com minha família, com transmissão ao vivo para o Brasil. Nosso povo lá, e nós aqui, todos ao redor da Mesa do Senhor. Embora unidos no espírito, temos estado separados fisicamente por mais de um ano. Temos saudade do calor humano, do cheiro de gente, das atividades da igreja, etc.
Creio que esta sensação de exílio tem sido sentida por muitos desigrejados. No meu caso, devido à distância geográfica. Mas para muitos, deve-se a outros fatores, tais como, discordância doutrinária, não conformismo com a maneira em que a igreja tem sido conduzida, etc.
Os blogs apololéticos têm servido de púlpito para muitos desses cristãos autênticos, que decidiram não se dobrar ao espírito de Mamom. Eles se alimentam do que neles têm sido postados diariamente.
Infelizmente, não dá para dizer o mesmo da maioria dos programas evangélicos veiculados nos canais de TV ou em emissoras de rádio, onde a marca registrada é o proselitismo descarado.
Fenômeno semelhante ocorreu durante os dias da igreja primitiva. Houve um êxodo de cristãos que abandonaram o templo em Jerusalém e as sinagogas espalhadas pelo império, para servir a Deus em suas próprias casas. Santuários cristãos só surgiriam séculos depois com a paganização do cristianismo.
Os desigrejados não estão abandonando a Igreja, como geralmente se alega, e sim as estruturas denominacionais que se arrogam o direito de se intitular “igreja”. A Igreja de Cristo não é e nunca foi presbiteriana, batista, metodista, pentecostal, episcopal ou coisa parecida. Tais termos designam estruturas eclesiásticas. Isso inclui a denominação que presido. Muitíssimas vezes tenho declarado em nossos cultos: O Reino é muito maior que a REINA (nome de nossa denominação). O problema é que estamos mais preocupados em preservar os odres do que o vinho.
As estruturas denominacionais servem como andaimes usados na construção da genuína Igreja. Depois que esta estiver pronta, de nada servirão aquelas. Foram feitas pra acabar.
Meu conselho aos desigrejados é que busquem unir-se para cultuar a Deus e dar testemunho do Seu amor. Seu desânimo para com as instituições é justo. Mas não permitam que isso lhes afaste da prática do primeiro amor.
Mais um vídeo a favor da vida!
Vejam, analisem, e vamos debater de maneira coerente!
segunda-feira, setembro 20, 2010
Conselhos à Noiva - por Joed Venturini
Temos refletido sobre a aparente contradição de um mundo que até parece apreciar Jesus, mas que rejeita profundamente sua noiva - a Igreja. Vimos algumas razões para a atual rejeição da Igreja. Pensemos agora em como a noiva pode se tornar a adorável criatura que Deus idealizou e que conquistaria corações.
1) DUPLICIDADE
Quando o mundo observar cristãos que são discipulos verdadeiros então sentirá o cheiro suave do qual fala a escritura. Muitos poderão até não entender, poderão até não aceitar, mas não poderão dizer que a noiva não tem nada a ver com o noivo.
2) INSTITUCIONALIZAÇÃO
3) MARGINALIDADE
Precisamos levar nossa fé e nossa ética conosco para o trabalho, para a escola, no lazer. Precisamos dessa vida de fé e prática nas cidades, nos campos, nas universidades, nas fábricas, nas escolas, nos parlamentos, hospitais, tribunais, empresas e parques de diversão. Precisamos mostrar ao mundo que nossa fé é relevante exatamente vivendo essa fé a cada instante e em cada circunstância. E quando assim fizermos, iremos incomodar, mas a noiva resplandecerá como deveria e mostrará o brilho do noivo.
4) SEPARATISMO
5) DIVISÃO INTERNA
domingo, setembro 19, 2010
Mais 2 vídeos, sobre PNDH3...
Nossa proposta é conscientizar a Igreja de Cristo. Tire suas conclusões e pode comentar, concordando ou não.
Arnaldo Jabor, sobre a PNDH3:
Reportagem da TV Bandeirantes, a respeito da mesma PNDH3: